“Uma oportunidade para colocar Portugal na linha da frente”

No lançamento da II fase do Programa i4.0, o Primeiro-Ministro considerou este pacote de iniciativas uma oportunidade para Portugal se colocar no pelotão da frente da Europa. 

A segunda fase do Programa i4.0 do Governo disponibilizará 600 milhões de euros, no prazo de dois anos. A iniciativa visa requalificar e formar mais de 200 mil trabalhadores, envolvendo cerca de 20 mil empresas, com resultadostangíveisno prazo de dez anos. Está igualmente previsto o financiamento de mais de 350 projectos mobilizadores. O programa está actualmente sensivelmente a meio da sua vigência. 

António Costa, Primeiro-Ministro de Portugal, disse, na ocasião, que o programa visa digitalizar a economia portuguesa e que, com este, o País pode partir “na linha da frente” para a “quarta revolução industrial” e integrar o pelotão da frente da Europa até 2030. Na liderança encontram-se países como a Finlândia, a Suécia, a Holanda ou a Dinamarca

A II fase do Programa i4.0 foi apresentada a 9 de abril, integrada na Feira da Indústria do Futuro, no Campus de Azurém, da Universidade do Minho, em Guimarães.

A apresentação pública do programa, foi precedida pela 5ª reunião do Comité Estratégico da Plataforma Indústria 4.0, presidida pelo ministro adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira. Estiveram igualmente presentes o secretário de Estado da Economia, João Correia Neves, o vereador da Câmara Municipal de Guimarães, Ricardo Jorge Costa, e o pró-reitor para a Avaliação Institucional e Projectos Especiais da Universidade do Minho, Guilherme Borges Pereira. 

Este comité é composto por um conjunto de entidades públicas e privadas que tem vindo a acompanhar a execução das actividades da Plataforma i4.0, cuja segunda fase foi partilhada e em seguida apresentada ao público.

Recordou, como tem vindo a ser defendido pela associação ao longo dos últimos anos, que a indústria do futuro “terá de ser mais sustentável, mais intangível, mais digital e mais circular”, mas, também, com “mais e melhor emprego”, avançou. 

São onze áreas de acção, compostas cada uma por um conjunto de medidas que passam por adequar os conhecimentos das pessoas à nova realidade, promover a partilha de conhecimento, experiências e benefícios e, finalmente, e não menos importante, promover e financiar o acesso das empresas à experimentação de métodos e tecnologias i4.0.

Capacitação dos trabalhadores e dos empresários

A capacitação dos trabalhadores é uma das bandeiras desta segunda fase do programa. Pedro Siza Vieira destacou mesmo a necessidade de capacitação das pessoas para que todos os portugueses “possam participar deste percurso de mudança” e, por esta via, possam encontrar dignidade no trabalho e do ponto de vista salarial. A requalificação passa também pelos empresários menos vocacionados para a transformação digital que “precisam de ser acompanhados e capacitados” para esta revolução. Assim sintetiza notícia do Dinheiro Vivo.

Na ocasião, João Correia Neves explicou ainda que o executivo pretende “reestruturar a linha de crédito Capitalizar, destinando 100 milhões para o apoio à digitalização”. Esta mudança resulta também das lições aprendidas com a primeira fase, que serviu para mobilizar e sensibilizar e “demonstrou que precisamos de uma resposta mais profunda”, como nota notícia do jornal Público. No total serão mobilizados 600 milhões de euros de investimento em dois anos. [remeter para clipping do evento e para entrevistas da véspera ao Negócios]

Partilha de experiências e conhecimento

O encontro serviu também para partilhar experiências entre os participantes. Para o efeito foram promovidas sessões paralelas subordinadas a temas prementes como a ciber-segurança, a inteligência artificial, o financiamento, o comércio electrónico, as fábricas inteligentes e o trabalho 4.0. São temas que as organizações que querem estar com o país na linha da frente devem analisar atentamente.

Empresas que já estão a utilizar tecnologias do universo da Indústria 4.0 explicaram como estão a percorrer este caminho da i4.0 através das suas próprias experiências. Foi o caso da DRT – Protótipos e Moldes, Lda, da Artnovion e da Introsys. 

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