A SPGM é a organização mentora do sistema português de garantia mútua, um sistema mutualista de apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas, que se traduz na prestação de garantias financeiras para facilitar a obtenção de crédito em condições adequadas aos investimentos e ciclos de actividade dessas empresas.
O lançamento de um Sistema de Garantia Mútua em Portugal teve em vista a criação de condições para a redução dos custos de financiamento das empresas, em especial das PME, e um maior equilíbrio da sua estrutura de financiamento, nomeadamente pela obtenção de garantias que permitam o acesso a empréstimos com prazos adequados aos ciclos de exploração das empresas e à realização dos investimentos necessários ao seu desenvolvimento.
O Sistema de Garantia Mútua em Portugal nasceu por iniciativa pública, através do IAPMEI, que, à semelhança do verificado noutros países da União Europeia, onde este mecanismo de apoio ao financiamento das PME já existia, decide iniciar, em 1992, um estudo tendente ao lançamento de um projecto-piloto nesta área. A ideia central foi a de que caberia aos poderes públicos dar o primeiro passo na promoção desta iniciativa, deixando, em seguida, o seu desenvolvimento e massificação à liderança privada, comandada pelos próprios empresários e Associações Empresariais, principais interessados nos benefícios que tal Sistema poderá trazer às suas empresas.
Foi, assim, criada uma sociedade piloto, a SPGM, cujo objectivo principal era o de testar junto do mercado o interesse deste produto, através da realização de operações de garantia e outros serviços a PME, em moldes semelhantes aos das futuras Sociedades de Garantia Mútua (SGM).
Esta entidade tinha também como missão a preparação de um quadro jurídico que viesse a regular todo o sector da Garantia Mútua, em Portugal, bem como o respectivo mecanismo de contragarantia.
Depois de publicada a legislação, que regulamentasse o Sistema, coube à SPGM promover a criação das primeiras SGM e promover a divulgação do Sistema de Garantia e seus benefícios, junto de um número alargado de PME. Desde Janeiro de 2003, existem três Sociedades de Garantia Mútua – SGM (Norgarante, Lisgarante e Garval), que continuaram a actividade operacional que, anteriormente, coubera em exclusivo à SPGM, e que esta abandonou nessa altura. Em 2 de Janeiro de 2007 entrou em funcionamento a Agrogarante, especificamente destinada a apoiar o Sector Primário. O Sistema Nacional de Garantia Mútua assenta em três pilares: